14 novembro - 2016
#EuroTour2016: como tudo começou By: helena sofia, 0 Comments

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Este post de abertura do blog é pra contar um pouquinho da idea mirabolante de fazer essa tour pela Europa com o disco novo, Tormenta!

Com um misto de frustração (recorrente em todo artista) e curiosidade, lá por julho de 2016 andei pesquisando pessoas que estavam viajando pela Europa com shows. Cutuquei aqui e ali e consegui alguns contatos, então escrevi pra eles. E não é que obtive resposta? Bem, não de todos, claro. Mesmo dizendo que tinha indicações de outras pessoas, vários locais não me retornaram. Quando consegui confirmar o primeiro show, resolvi “largar mão de ser jacu” e comecei a escrever pra diversos bares, casas noturnas, pubs, escolas de música que estavam no meu trajeto europeu, oferecendo meu show. Depois de muitos emails enviados, em 4 línguas diferentes – cuja grande maioria não recebi resposta – consegui marcar 5 shows. A principal questão das faltas de resposta/respostas negativas foi prazo, pois geralmente os locais fecham a agenda com bastante antecedência (na Suíça, essa antecedência chega a 1 ano!!). Ah, vale dizer: fechei os shows sem cachê. É, gente, não tem mamata, a grana aqui é suada das minhas aulinhas.

Como assim sem cachê?! Conversei com um senhor português sobre isso (aliás, em Portugal todo mundo puxava papo comigo, mas isso eu conto depois) e ele disse assim: “Se fosse seu pai não deixaria você fazer isso nunca! Sem receber pelo seu trabalho!”. Achei até bonito da parte dele, ainda mais que falou que música é trabalho (e é dos mais trabalhosos!), mas todo mundo que é artista sabe que entre começar a tocar e produzir shows, até ficar famoso a ponto de ganhar cachê, tem uma boa caminhada por aí. Ah! Tenho orgulho de dizer que meu pai e minha mãe me incentivaram muito pra essa viagem, viu? Mesmo sem cachê. Afinal, o objetivo dessa tour não é financeiro! Antes de vir eu já sabia disso. E a cada dia os verdadeiros motivos dessa viagem se esclarecem um pouco mais…

Aliás, conversando com meu amigo Thiago (que arranjou meu show em Londres), ele me contou que lá é muito raro conseguir um show com cachê fixo nos pubs. Geralmente o que as bandas ganham (inclusive gente mais famosinha) é a portaria, que acaba ficando em torno de 200 libras – pra dividir entre a banda! Talvez por isso as bandas estejam cada dia menores. Nos próximos posts eu conto mais detalhes sobre cada show e as questões locais.

Enfim, marcados os shows (que são em versão pocket, ou seja: eu sozinha cantando e tocando violão, acompanhada pelos playbacks que  já usava no show com a banda), aí tinha muita coisa pra resolver: avisar o pessoal no Colégio, avisar os alunos, avisar o banco… avisos, avisos e mais avisos além de passagens e reservas e documentos. O custo? Claro que é caro, o Euro tá quase 4x o Real. Mas eu sou do tipo que atravessa o oceano carregando um punhado de farinha e ele chega do outro lado seco (hahahah), então é uma questão de estudar tudo direitinho e economizar no que der. Aos pouquinhos vou contando pra vocês dos lugares caros e baratos e todos os detalhes legais e difíceis da viagem.

É bom ter a companhia de vocês por aqui 🙂

Helena Sofia

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